[Resenha] A menina que roubava livros - Markus Zusak

Editora:Intrínseca
Assunto:Juvenil-Adulto
Autor:Markus Zusak
ISBN:9788598078175
Ano:2007
Edição:1
Número de páginas: 494




Sinopse:Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em Menina que Roubava Livros, livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do The New York Times. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.


Bem a história passa na autêntica Alemanha Nazista,aborda um romance espetacular.
Comprei exatamente o livro por falar de livros,me instigou a comprar. E pelo fato de se passar na 2º Guerra mundial. E também é claro,por sua inesperada narradora.
É contada por ninguém menos que a maior atarefada desta época, a Morte. Narradora Mórbida. Então já devem saber que ela começa quando encontra Liesel.

Tudo começa na estação de trem. Uma mulher. Uma menina chorando e um corpo,gelado e já inerte.(O primeiro encontro de Liesel com a Morte)
Liesel e seu irmão estavam sendo levados para seus pais de adoção. No caminho o menino não resiste,já tão franzino, era de se esperar.
Chega a casa dos Huberman, é apresentada a seus novos pais, Rosa e Hans.Mas seu irmão não chegou.
Começa sua história na Rua Himmel,em Molching. Uma vida comum no lado de fora e perigosa entre as quatro paredes de casa.
No começo da segunda Grande Guerra,a família Huberman recebe um visitante inesperado. Um Judeu. Ambas vidas mudam,Liesel descobre com ele que as palavras curam, que elas unem e tranquilizam, e descobre seu poder através do presente que ele lhe da, o livro que escreveu.
Nele ,Max conta como o Führer, manipula as palavras a ponto de faze-las suas maiores armas,suas grandes e mortais armas.
Como que digam,sim o nome do livro é justificado, ela rouba os livros que lhe foram dados, mas que não deixam de sair pela janela. Liesel rouba na casa do prefeito, um livro toda vez que acaba o último,um de cada vez.
Seu pai foi o grande responsável por suas artimanhas,ele a ensinou a ler,a ensinou a amar as palavras,e a ensinou a enrolar cigarros.
A história prende o leitor,com certeza,com uma narrativa diferente,que começa de traz pra frente e depois corre normalmente,é então que vemos nossa atenção real, para interligar os fatos, que já foram lidos,com o que agora que esta acontecendo,você lê,e passa, então tem de lembrar tudo de novo.
É lindo,maravilhoso,gostoso de ler,ótimo p/ se apaixonar,com uma fórmula mágica de mistério e outra de suspense, de uma qualidade relativamente rara hoje em dia. Embora pareça infantil ( ou juvenil, como quiserem), não o é, basta atentarmos para seu conteúdo, capaz de amolecer as pedras, é quase impossível não sentir nada diante do drama do judeu. Diante do apaixonado amigo Rudy , e das próprias realidades da guerra.
Recomendo o livro como leitura OBRIGATÓRIA.
Eu realmente, digo,leiam com mais atenção,pois vale a pena,tem dados em demasiado,e tanto mais entendemos mais gostosa se torna.