terça-feira, 11 de setembro de 2012

[Resenha] Esaú e Jacó - Machado de Assis

Buenas gurizada!



Editora: L&PM
Autor: Machado de Assis
ISBN: 9788525409263
Páginas: 272

Sinopse: Esaú e Jacó conta a história de dois gêmeos da alta burguesia carioca separados desde a mais tenra idade pela inimizade e pelas diferenças: Pedro, dissi­mu­lado e cauteloso, e Paulo, arrojado e impetuoso. Ambos, porém, apaixonados pela mesma mulher: Flora, a inexplicável. Às vésperas da Proclamação da República, o autor, por meio dos embates e das des­ven­turas dos irmãos (um monarquista, o outro, republi­cano), pinta um retrato melancólico, mas por vezes também hilariante, da política e da alma brasileira. Requintado do ponto de vista narrativo e profundamente crítico, este romance faz jus à maturidade do maior prosista brasileiro.

Autêntico livro de Machado de Assis, a escrita rebuscada, a característica de diálogo constante com o leitor e, suas velhas pérolas, pinceladas de filosofia e política da época ao longo das ideias contidas na história.
É por essas e outras que Machado de Assis é um de meus autores preferidos. *-*

Seguiam escondidas até a casa da cabocla, Natividade acompanhada de sua irmã Perpétua, queria consultar a mulher, pois diziam que podia prever o futuro, e Natividade estava ansiosa em ter bons ventos para seus dois filhos gêmeos, Pedro e Paulo.
Correra tudo melhor do que imaginara, a cabocla confirmara um futuro promissor, os dois meninos teriam um grande por vir, de conquistas e sucesso, porém, teriam sempre a discórdia entre eles.
E assim cresceram, Natividade receosa sempre por essa predição, buscava apaziguar os pequenos, que por qualquer que fosse o motivo, estavam a brigar, discutir ou discordar.
Tais eram suas diferenças, que cada um mantinha opinião contrária. Pedro era a favor do império, e Paulo da república.
Nada que gostassem era compartilhado, nada exceto a moça Flora e esta padecia do mesmo mal. Flora amava a ambos, e eles a ela. Os jovens foram tornando-se homens, e tal como gêmeos, ficaram idênticos. E a menina cada vez mais confusa, perdida e desolada, pois não se decidia e a cada momento se torturava.
Para tentar solucionar tal situação, quando ainda jovens, a mãe enfim decidiu-se que iria pô-los em faculdades diferentes, um para SP e viraria advogado, outro ficaria no RJ e seria médico.
Mas de nada adiantou afastá-los, quando separados, não brigavam, ou discutiam, sempre que podia Paulo voltava a casa da família e passava certo tempo com o irmão e a moça Flora.
Quando em sua ausência, Flora era constante companhia a Pedro, e por esta razão, muitas vezes pensara ser ele o escolhido. Mas então Paulo retornava, e sentia novamente a confusão, um completava o outro, e a ela a ambos, e mesmo em muitos de seus sonhos eram assim, não dois irmãos, mas apenas um.
A mãe sempre atenta e receosa, nunca perdera o medo de suas crias tornarem-se inimigos, e assim continuou até o leito de morte, e pediria neste, que não mais continuassem como inimigos, senão amigos.

Citação preferida:
"O leitor atento, verdadeiramente ruminante, tem quatro estômagos no cérebro, e por eles faz passar e repassar os atos e os fatos, até que deduz a verdade, que estava, ou parecia estar escondida."(Esaú e Jacó, Pág. 75)

Um comentário:

  1. Tenho curiosidade de ler este livro ^^
    Enfim passa no meu blog http://www.umomt.com/
    Parabéns pelo seu xD

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