sábado, 27 de julho de 2013

[Resenha] A fada e o Bruxo - F. Medina

Buenas galerinha,

 Semana do Livro Nacional com uma dos lançamentos do Selo Hamelin para 2013.


Editora: Hamelin
Autor: F. Medina
Nº de páginas: 318
ISBN: 9788581861012

Sinopse: A Fada e o Bruxo - As Crônicas de Ivi - F. Medina Narrado de forma vertiginosa e intensa, com cenários que parecem ter sido extraídos de um filme futurista, você irá mergulhar no mundo de Ivi, um universo paralelo onde bruxos e fadas brigam por interesses opostos. Neste jogo de poder em que as mulheres estão no comando, cada Ser decide usar suas habilidades mágicas para lutar por sua felicidade. Lançado em outubro de 2012 numa produção independente, A fada e o bruxo vendeu milhares de exemplares, foi recomendado por livrarias e leitores, transformando-se rapidamente no principal fenômeno de autopublicação nacional no ano.


Narração em terceira pessoa, diálogos bem trabalhados, o autor segue um estilo rápido e de sucessivos fatos cruciais, dando assim, ainda no início da leitura, mais informações do que estamos acostumados, acaba por prender-nos à vontade de saber a raiz principal de uma trama que emaranha-se e embaraça-se, sempre a aumentar, seguindo contra o que estamos esperando, que é uma explicação de toda a confusão mental dos detalhes.
É um suspense prolongado e incrementado capítulo a capítulo, até que os fatos passam a unir-se. São reinos paralelos, com histórias sendo contadas paralelamente.
(Não assustem-se com os nomes, com o tempo a trama toda passa a fazer sentido, certo que, retornar e reler algumas vezes é necessário, mas somente por conta dos pequenos detalhes, e eu sempre gosto dos detalhes...).

Logo que se inicia, somos apresentados ao pequeno Aiden, jovem da cidade de Gênesis, com um certo dom para a magia (sem varinha) muito interessante, e um poder que tem surpreendido muitos na nova Ordem das Fadas.

Em contrapartida, no reino de Erasblack, Ava, princesa do reino, possui poderes excepcionais para sua idade, sendo já uma precoce representante Vlasdismin. Práticas que uma grã-mestra fada executa após anos de treinamento não passam de uma simples questão automática, caminha sobre a água, atravessar o que lhe está a frente, como se respirar fosse mais difícil.

Paralelamente a esses dois jovens, temos o Príncipe Caio Polidoris, herdeiro do Norte, e em sua obsessão pela floresta proibida de TortoTrax, adentrou sozinho, para desvendar das histórias e lendas assustadoras, os seres míticos que lá habitam: dragões, fadas e aberrações de Ivi que jamais deveriam ser vistas. Bem sabemos que por ocasião dos anos a memória faz-se ilusória, e uma verdade torna-se lenda tão rápido quanto um livro sobre a realidade passa a ser considerado apenas um conto.
Às gerações temos um livro de crônicas, pequenas histórias que avô passa a filho, neto e bisneto... Mas, e quando as lendas eram mesmo reais?

Tão logo cavalgava às profundezas da floresta, é cercado por uma alcateia de lobos-humanos prontos a sequestrá-lo, mas surpreendentemente surge um exercito de fadas (armadas?) para salvá-lo. Como já não bastasse a estranheza da realidade, um exército de dragões sobrevoam acima de sua cabeça. Considerando que a maior façanha que desejava ter no dia era adentrar na floresta proibida e confirmar que os tais seres não existiam, todo o plano já fora por água abaixo e a surpresa podia ser vista por sua expressão.

Aiden, parece estar descobrindo o mesmo,  as lendas não fazem tanto sentido como apenas histórias e, acreditando nisso, segue para o lago dos medos, desvendar aquilo que tantos acreditam fazer parte de velhas histórias, contos antigos e perdidos...
É claro que, como bônus pela descoberta, tem um treinamento forçado, o legítimo ou "é a caça ou o é caçador", já que o conhecimento lhe é dosado na escola, agora terá de descobrir para sobreviver, nada melhor que um pouco de pressão para aprender rápido.

Ava, nossa aprendiz e futura Rainha fada parece já ter nascido com o conhecimento para usar magia, com suas primeiras aulas de voo já demonstra domínio em mais coisas que qualquer fada menor estaria tentando realizar. E sua tutora então decide apressar suas aulas, irá aprender a transição entre mundos (nada mal viajar daqui até a Lua), o que rapidamente dominou, e imagine o primeiro lugar onde vai parar? New York.

As histórias transcorrem juntas, um mesmo tempo, um confronto é inevitável, tantos reinos coexistindo, alguns sem saber da existência de outros, suas criaturas uma hora haverão de dar-se conta de algo mais estar havendo, e nessa hora, todos devem estar preparados para o que está por vir.
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Eis o que o livro tem de inovador, dimensões. Esqueça o egoísmo latente no humano que acredita ser o único ser pensante. Eis que vemos não um, mas vários mundos, vários seres "além" do planeta terra, e que mais seriam as fadas senão responsáveis em proteger os seres, os lugares, as coisas, nós!
Um bom livro, realmente. Com diferencial em usar o clichê de personagens num cenário inesperado, misturado e incrível!

A parte: 
Percebo, talvez seja apenas da minha parte, mas tenho visto uma grande demanda de literatura brasileira com enfoque no gênero de ficção e ficção-fantástica. Antes não via tantos livros deste gênero na nossa literatura Nacional. Talvez pela falta de interesse, ou um marketing pouco trabalhado nessa área, a verdade é que bons livros tem surgido, e vale ressaltar essas e outras mudanças. Se nossa literatura expande, como vem acontecendo, significa nada menos, que nosso publico leitor está crescendo e, parafraseando as palavras de Luzia de Maria em sua obra - O clube do Livro ,um bom escritor é antes, um assíduo leitor.




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