terça-feira, 3 de julho de 2012

[Resenha] A Invenção de Hugo Cabret - Brian Selznick

Já havia falado deste livro, e o fato de eu estar ansiosíssima para lê-lo assim que o tivesse em mãos. E foi o que fiz, li em uma semana, assim que o tive.
Ótimo!
O livro é todo ilustrado e muito bem trabalhado nas imagens. São lindas! *-*
É uma viagem a história do cinema, uma viagem para os sonhos, ou para o que alguém imaginou ser os sonhos, o próprio autor já instrui como quer que se prossiga:
"Antes de virar a página, quero que você se imagine sentado no escuro, como no início de um filme. Na tela, o sol logo vai nascer, e você será levado em zoom até uma estação de trem no meio da cidade. Atravessará correndo as portas de um saguão lotado. Vai avistar um menino no meio da multidão e ele começará a se mover pela estação. Siga-o, porque este é Hugo Cabret. Está cheio de segredos na cabeça, esperando que sua história comece.”

Autor: Brian Selznick
Editora: Lafonte


Sinopse:
Prepare-se para entrar em um mundo onde o mistério e o suspense ditam as regras. Hugo Cabret é um menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930, esgueirando-se por passagens secretas, Hugo cuida dos gigantescos relógios do lugar: escuta seus compassos, observa os enormes ponteiros e responsabiliza-se pelo funcionamento das máquinas. A sobrevivência de Hugo depende do anonimato: ele tenta se manter invisível porque guarda um incrível segredo, que é posto em risco quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam o caminho do garoto. Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e um homem mecânico estão no centro desta intrincada e imprevisível história, que, narrada por texto e imagens, mistura elementos dos quadrinhos e do cinema, oferecendo uma diferente e emocionante experiência de leitura.


    Conta a história de Hugo Cabret, filho de um Relojoeiro, mas envolvido em um mistério, um segredo. Encontraram no porão do museu onde o seu pai trabalha um Autômato, pequeno ser mecânico que, depois de se dar corda escreve o que foi construído para escrever. Não sabiam o que faria sairia, daí surgiu sua vontade em repará-lo e ver o que escreveria.
   Mas Hugo perde o pai num incêndio e passa a morar com seu tio na estação de trem. Seu tio era Cronometrista da estação e logo o menino  aprendeu o ofício, amava aquele lugar, todas aquelas engrenagens, consertar tudo e ainda assim ser invisível ao restante da estação, as pessoas que jorravam pelas portas hora após hora para ir e vir de lugares diversos, e ele ali, cuidando de seu tempo, o tempo de todos, cronometrando os relógios sem ser visto, mas visto por todos.
    Após a morte do pai, Hugo encontrou o Autômato novamente. Encontrou numa pilha de escombros do incêndio e ninguém parece tê-lo notado. Seu tio havia desaparecido há alguns dias, e não demorou muito ao menino resolver levar o homem mecânico para casa, era sua única lembrança do pai e daria um jeito de fazê-lo funcionar.

   Hugo queria consertá-lo, e por isso passou a roubar pequenos brinquedos de um loja para utilizar as peças. Nunca se perguntou por que as peças eram do tamanho certo, ou por que serviam tão bem, e com o caderno de desenhos de seu pai, podia ir reparando o homenzinho sem problemas. Sem problemas até que Georges, o dono da loja o pega roubando e antes que Hugo fugisse o velho pega seu caderninho.

Mas o mistério apenas está começando. Ainda não chegamos nem ao fim da primeira parte!
Hugo tenta diversas vezes reaver o caderno com o velho, mas ele não o dá.  Então resolve segui-lo até sua casa e tentar pegar por si mesmo, é nessa hora que conhece a pequena Isabelle, sobrinha de Georges, que foi adotada por ele após os seus pais morrerem. Ela se predispõe a ajudá-lo a pegar o caderno, iria procurá-lo na casa, e assim uma amizade já se vincula, e rápido.
O menino continua escondido, o inspetor da estação, caso ele descubra que o Tio de Hugo desapareceu, o mandaria para o orfanato e nunca mais poderia consertar os relógios ou o autômato. Fora de questão, deveria tomar muito cuidado.



Tentativas frustradas em reaver o caderno, Hugo descobre outros mistérios, e a segunda parte do livro, então faz todo sentido, focando na história de Georges, o velho e seu passado e talvez o porque de as peças da loja de brinquedos serem do exato tamanho das presentes no autômato, ou o por que de o velho ter ficado tão perturbado ao ver os desenhos no caderno de Hugo.

Hugo enxerga o mundo de uma forma interessante. O olhar de um mágico, ou um relojoeiro, ou apenas um menino, que sozinho na estação, passa seu tempo escondido consertando relógios, observando todos e não podendo ser visto.


E termino com a minha citação preferida no livro:
"Sabe, as máquinas nunca têm peças sobrando. Elas tem o número e o tamanho exato de peças que precisam. Então, eu imagino que, se o mundo inteiro é uma grande máquina, eu devo estar aqui por algum motivo." Pag 378
Para informações: Hugo Cabret

3 comentários:

  1. Ainda não pude ler esse livro, mas adorei o filme. E juro pra vc, antes de ler sua resenha, não sabia que o livro possuia tantas gravuras. Lindo isso né?
    Acho que deu um ar mais nostalgico, mais terno ao livro.
    Se já tinha gostado do filme, assim de graça, sei que vou adorar o livro.
    Parabens pela resenha!! Perfeita..
    Beijo

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  2. Já li o livro e adorei!!!!!!

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  3. Muito bom! porém o Georges é Padrinho da Isabelle mesmo ela o chamando de tio.

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