Bom dia Gurizada!!! E hoje venho com uma novidade muito esperada por Vocês. ^^
A entrevista com o Autor de Horizontes – Revelações, Roberto Laaf.
Fico imensamente feliz por estar trazendo esta entrevista de um amigo tão estimado.
O livro trata de um Drama/Policial, com a dose certa do sobrenatural, nos poderes de clarividência de Ana Clara...
Por que seu Dom voltara agora, depois de tantos anos, e para mostrar o assassinato de sua melhor amiga?
Olá, prazer em tê-lo conosco aqui em nosso Blog, Roberto Laaf.
*Fale um pouco de você aos leitores do blog, contando um pouco da sua trajetória como escritor?
Olá, leitores e seguidores do Mell Books, é um prazer estar aqui com vocês e responder as perguntas organizadas pela equipe do blogue.
Sou um romancista carioca motivado pela paixão dos sentimentos humanos, e desenvolvo minha literatura de forma aberta, entre seis diferentes gêneros literários que aprecio e três estilos narrativos distintos.
Sou formado em licenciatura em ciências, cursei também teologia, mas minha fascinação é mesmo a literatura. Só não fiz uma pós-graduação em Letras porque para isso eu teria de me afastar bastante tempo das minhas criações.
Minha trajetória ainda é bem simples; começa oficialmente com a publicação de Virgo – A era dos homens, em 2003; a menção honrosa recebida no concurso do SENAI Artes Gráficas na XIII Bienal do Livro Rio, com minha obra Demetrius – Um coração grego; e agora a recente publicação (2010) do primeiro livro da trilogia Horizontes: Horizontes – Revelações.
*Qual seu gênero literário preferido? Por quê?
Meu gênero literário preferido é o romance histórico. Gosto demais deste gênero porque ele me permite entrar em contato com hábitos e costumes antigos, enriquece meus conhecimentos acerca dos relacionamentos humanos e desperta algo nostálgico em mim, um estranho desejo de ter vivido em épocas em que a vida parecia possuir mais peso, força e intensidade do que nos tempos atuais.
*Quando você sentiu o início dessa sua paixão pela literatura?
Ah, isso foi há bastante tempo, ainda em meus primeiros anos escolares. Fascinava-me a possibilidade de criar histórias para compor as redações propostas durante as aulas de língua portuguesa, e meu envolvimento com isso começou a ir além das aulas e não demorou muito para que, em casa, começasse a me dedicar na criação de contos e redações. Sempre fui muito caseiro, desde pequenino, então não tive muita dificuldade em dedicar horas à escrita.
*Quando decidiu que faria o livro? E principalmente, o que o levou a escrever sobre este tema, Drama/Policial?
A decisão de escrever Horizontes ocorreu após eu ter concluído o desenvolvimento de Demetrius – Um coração grego. Como tenho vários projetos literários, digamos, pré-estruturados, com sinopse e programação prontas, aguardando apenas que eu tenha disponibilidade para dedicar-me a eles, foi apenas uma questão de olhar para os projetos disponíveis e escolher entre eles algum cujo gênero literário fosse diferente dos desenvolvidos anteriormente. Gosto de alternar os gêneros com os quais trabalho para evitar a estagnação e estimular ainda mais a criatividade.
*Qual foi sua grande motivação para escrever Horizontes – revelações?
Como comentei anteriormente, meu desejo de alternar entre os gêneros literários, e também estilos narrativos, foi o que me levou a escolher esse projeto de drama contemporâneo, mas a verdadeira motivação para escrever a ficção policial Horizontes, ainda quando havia apenas imaginado a história e esboçado sua estrutura, foi a de poder levar aos leitores uma série de dicas acerca dos perigos existentes em uma cidade grande; uma forma de dar toques sutis sobre a violência urbana, tão próxima à vida da maioria das pessoas sem que elas percebam seus riscos.
*Por ser um livro com cenas policiais e assassinato, alguma destas situações perigosas já ocorreu com você ou presenciou alguma em sua vida?
Já fui vítima da violência aqui no Rio de Janeiro algumas vezes... Tive a residência invadida por bandidos; fui assaltado dentro de ônibus, caminhando pelas ruas; tive uma motocicleta roubada; tive até arma apontada para minha cabeça em duas situações distintas... Mas essas experiências ao longo da minha vida não seriam suficientes para escrever o livro, por isso pesquisei bastante sobre a violência, principalmente nos jornais, arquivos criminais e também em órgãos da segurança pública, tanto sobre os crimes na cidade quanto suas inacreditáveis estatísticas.
Todas as passagens de violência em Horizontes são criadas de forma que poderiam perfeitamente ocorrer na vida real, sem exageros; em minhas pesquisas, tive acesso a relatos e materiais impressionantes, que superavam bastante até mesmo as mais ousadas possibilidades de ficção que eu poderia propor.
*Como foi a grande jornada para conseguir a publicação do livro? Na trajetória passou por algum problema, ou por já possuir outros livros lançados, tornou-se mais fácil ou simples desta vez?
Na verdade não houve exatamente uma grande jornada para a publicação de Horizontes – Revelações. Particularmente, como disse no início da entrevista, ainda vejo minha trajetória como algo pequeno, simples, primeiros passos talvez seja a melhor forma de denominá-la. A publicação deste livro foi mais uma opção pessoal de dar ao trabalho uma atenção que, em minha opinião, seria muito difícil encontrar em outra editora que não o selo editorial Alcantis.
Para que tenham uma ideia, Horizontes – Revelações está pronto desde 2007, Vocação, desde 2008 e Processo Seletivo ficou pronto no início do ano passado, mas não tive pressa, ou ansiedade, em publicá-los o mais rápido possível, porque para mim o importante não é apenas ter mais um livro publicado, é saber que a obra terá um tratamento, senão especial, ao menos decente.
*No seu livro, você aborda em certo ponto, a corrupção, tanto do Deputado quanto de um Guarda-Costas, pretendia com isto deixar alguma mensagem, abrir os olhos a realidade atual?
Na verdade a corrupção é algo que será encontrado com bastante frequência em Horizontes, mas não é, de forma alguma, o tipo de coisa que pretendo passar como mensagem; infelizmente trata-se de uma prática que se tornou comum em quase todos os órgãos, instituições públicas ou privadas que constituem nossa sociedade. No entanto, embora o foco não seja o de passar a corrupção como uma mensagem para abrir os olhos dos leitores, ela sem dúvida alguma reforçará o que temos diante de nós.
*Você logo no início dedica sua obra “a todas as mulheres de espírito forte e independentes...”, o que quer passar com o livro para as mulheres?
Horizontes é uma saga sobre superação diante da violência urbana, de uma protagonista feminina que sofre desde pequena, e também como adulta, as consequências de terríveis eventos, agravados vez ou outra pelo fato de ser mulher.
Embora tenha evoluído nos últimos anos, nossa sociedade ainda é machista em muitos aspectos; outras sociedades, longe da realidade brasileira, chegam a ser bárbaras no que diz respeito ao tratamento da mulher como ser humano.
Em Horizontes algumas mulheres poderão se identificar com Ana Clara, ou Clarisse, mas o importante é que lutem sempre por seus objetivos, sejam eles quais forem, assim como Ana Clara, mesmo diante de todos os obstáculos e dissabores que teve na vida, continuou lutando pelos seus.
*Seu foco no livro é mais direcionado ao público adolescente/adulto, pretende escrever no futuro alguma história juvenil?
É verdade, todo o trabalho com Horizontes teve foco voltado para o público adulto e adolescente, com o objetivo de alertar este público para os perigos existentes em uma grande capital, mas eu tenho, sim, outros projetos preparados que são voltados a públicos distintos. Virgo, por exemplo, é uma saga de ficção fantástica mais voltada ao público juvenil/adolescente, mas como possui a minha característica de explorar bastante os sentimentos humanos, acaba encantando também o público adulto.
Bem, entre todos os meus trabalhos, acredito que o livro “Um vampiro só meu”, que devo concluir até o final deste ano, será definitivamente o projeto mais atraente para o público juvenil, mas mesmo este, não deixará de ser apreciado por leitores mais adultos, presumo.
*Você escreve desde jovem, começando com uma série de contos e poesias e logo após uma autobiografia, seus Romances muito conhecidos, Virgo – A era dos Homens e Demetrius – Um coração Grego. Após estas obras e a série Horizontes, já possui outras histórias em mente, ou cada história é um mistério até as primeiras linhas se iniciarem?
Com certeza tenho outras histórias, aliás, sempre tenho histórias frescas em mente, acho que o meu processo criativo é meio que hiperativo (risos). No entanto, já estou com muitos projetos literários pré-estruturados e confesso que tenho evitado os “chamados” para novas ideias porque simplesmente não haverá tempo para concluir tudo que desejo.
Quanto a história ser um mistério até escrever as primeiras linhas, diria que é um mistério parcial, já que ao desenvolver um novo projeto eu mergulho fundo para definir todo seu esqueleto antes de completá-lo com a narrativa, ou seja, o que quero abordar, as mensagens que desejo passar e como será o desfecho da história, são elementos definidos em primeiro lugar, e então o mistério fica por conta apenas de como irei descrevê-los.
*Alguma dica para aqueles que apenas estão começando a escrever?
Tenho muitas dicas para os iniciantes, mas deixarei aqui apenas algumas das mais importantes, como: escrever todos os dias de sua vida, seja uma frase, carta, oração, poesia, um conto, enfim, escrever algo diariamente, pois é isso que os escritores fazem, escrevem; ler bastante, não apenas literatura, mas também notícias, revistas, artigos, pois a leitura enriquece o conhecimento acerca do mundo em que vivemos, nosso vocabulário e, além disso, fornece de certa forma algum entendimento coloquial de nossa língua; não se deixar levar facilmente pela vaidade, acreditando que seus trabalhos são tão magníficos que serão os próximos best-sellers no mercado literário, porque além de bloqueá-los para a constante e necessária evolução de sua escrita, é algo que poderá trazer frustração diante das inevitáveis críticas que surgirão de todos os lados. Lembrem-se sempre, cada um vê o mundo a seu modo, nenhum olhar é exatamente como o nosso, e todos têm o direito de gostar ou não do que criamos.
*Gostaria de acrescentar algo? Ou falar alguma coisa a nossos leitores?
Quero agradecer à equipe do Mell Books pela ótima entrevista. Faço votos de que minhas respostas tenham sido satisfatórias e possam ter contribuído, de alguma forma, para que os leitores do blogue me conheçam um pouco mais.
Deixo aqui o convite para que visitem o meu blogue e vejam as postagens que eventualmente publico por lá, sobretudo aquelas que já publiquei para o marcador dicas; acredito que serão bem interessantes para quem está iniciando na carreira literária. O endereço é http://robertolaaf.blogspot.com, será um prazer recebê-los.
Saudações a todos!
Roberto Laaf
Para consultar o Site da trilogia acesse: http://www.robertolaaf.com.br/hs_horizontes/default.asp?qsPaginaHS=
Horizontes revelações tem seu Book trailer disponível no You Tube
O primeiro, tem uma música tema "Into the fire" da banda Inglesa Thirteen Senses, a qual, o autor diz ter-lhe chamado a atenção.
Book Trailer 1
O outro já está com a música tema que a compositora Vivian Ruano compôs especialmente com o tema do Livro.
Book Trailer 2
Muito obrigada pela entrevista,
Um Grande Abraço
Roberto Laaf
Espero que tenham gostado dessa pequena, mas gostosa entrevista. O livro é realmente muito bom, e muito envolvente.Enquanto a leitura não acaba, o livro fica logo no lado, para qualquer tempinho livre poder pegá-lo.
Já temos a resenha deste livro no Blog, aos perdidos que querem dar uma espiada: Horizontes - Revelações
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Adorei!
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